Olá Bom Dia Meus amigos e Amigas !!!!
Não postei “O Editorial” no final de semana, porque queria
mudar um pouco o que faço todos os anos, resolvi postar um Editorial Especial
de Natal, mas não na véspera, no dia mesmo, assim que eu acordasse, iria
começar a escrever, deixar os meus pensamentos serem guiados pelos meus
sentimentos e colocar isso em palavras. E antecipando, talvez eu faça o mesmo
no ano novo.
Primeiro queria falar de família e antes de falar das dos
outros, falarei da minha. Venho de uma família tradicional, daquelas chamadas
quatrocentonas, com nome de ruas e tudo mais. Coisa que quando somos pequenos é
sinal de orgulho e depois, descobrimos que não serve pra nada. Na realidade até
mesmo atrapalha. Citando uma amiga, é mais fácil um “ santos “ ou um “ silva “,
ser Gay ou Travesti, que um “ monteiro “ ou um “ Fischer “.
Sou de uma família Matriarcal, enraizada nos ensinamentos da
AVÓ, que foi quem manteve unida a família depois que perdeu o marido. Venho de
uma família grande, com muitos tios, primos e por ai vai. Daquele tipo de família
que dia 23 começa a preparar tudo para o dia 24 e 25. Que todos os tios vem em
casa, com suas famílias enormes, começando a chegar as 8 da manhã do dia 24 e
só indo embora no dia 25.
Lembro das tias, preparando rabanadas, purê de batata com
bacalhau, maionese, manjar de coco essas coisas. Dos tios sentados nas mesas
falando de trabalho, de futebol, e dos primos, brincando no quintal. Não vu
falar aqui de putaria, de pegas, amassos, encoxadas, estou falando de família,
de lembranças de natal.
Era um entra e sai direto em casa, nesses dois dias.
Mas, porque estou falando isso ??? Porque pra mim, Natal é família
e, mesmo depois que a minha avó morreu, e a família se separou por assim dizer,
a tradição deixada por ela se mantém viva até hoje. Cada um dos seus netos,
criaram famílias e na casa deles, com seus filhos, é um reflexo, de como era
quando eles eram crianças na casa da minha vó. Muitos tiveram famílias grandes,
outros nem tanto, mas tudo continua focado na família. Mudaram as comidas,
essas coisas, mas continua a reunião e apesar de todas as agruras, a união.
Essas são as minhas boas lembranças do Natal.
Mas nem tudo era assim, haviam os amigos que vinham para
nossa casa, aprendi depois isso, que buscavam ali o clima de família que não
tinham na sua casa. Não falo de fartura, mas sim de clima de amizade. E hoje é
muito mais comum isso do que antes, talvez nossos valores tenham mudado muito.
Queremos estar em companhia de pessoas que façam a gente se
sentir bem que, quando dá meia noite, abraçamos e desejamos feliz natal.
Queremos trocar presentes de amigo secreto. As vezes, por problemas, dos mais
diversos tipos, não passamos o natal com a família e sim com amigos.
Cada um de nós, tem as nossas tradições natalinas, as vezes
até criamos novas, outras vezes, mantemos as que aprendemos, para que não seja
esquecida. Mas no fim, tudo é valido.
Eu sou fria em três datas do ano, Natal, ano novo e meu
aniversário. Tento ainda manter algumas tradições, mas sou fria, não consigo
expressar o que sinto nessas datas e apesar de saber o porque sou assim, não
consegui trabalhar nisso, Tentei, juro que tentei, mas é frustrante não ter
conseguido.
Amo de Paixão, cada amigo que vem me visitar no blog, acho todos
mais honestos que muitos que convivem comigo na vida real.
Não percam isso, pelo menos não comigo, continuem sendo
verdadeiros.
Espero que tenha passado um ótimo natal e que esse clima
perpetue até o ano novo, ao menos
Beijos enormes
Liane Ferraz ( Lia-chan )